
Hipertensão Arterial e Sal
As doenças cérebro-cardiovasculares (DCCV) são a principal causa de morte em Portugal e no mundo. A hipertensão arterial (HTA) e os hábitos alimentares inadequados são os principais fatores de risco para o desenvolvimento de DCCV, nomeadamente acidente vascular cerebral, doença coronária e insuficiência cardíaca.
A HTA é uma condição na qual os vasos sanguíneos apresentam uma pressão persistentemente aumentada. Quanto maior a pressão, maior o risco de danos no coração e vasos sanguíneos dos principais órgãos. No consultório, a HTA define-se como a elevação persistente da pressão arterial sistólica igual ou superior a 140 mmHg e/ou da pressão arterial diastólica igual ou superior a 90 mmHg.
Em Portugal a prevalência estimada de HTA é 36%. Em 2019, nos Cuidados de Saúde Primários dos concelhos de Almada e Seixal estão inscritos mais de 76000 utentes com HTA.
O consumo excessivo de sal está associado ao aumento da pressão arterial e consequentemente a um risco aumentado de DCCV. Cada português consume em média 7,3g de sal por dia, excedendo o nível máximo recomendado pela Organização Mundial de Saúde (5g de sal por dia).
Para reduzir o consumo de sal evite levar o saleiro para a mesa, privilegie o uso de especiarias e ervas aromáticas como substituto do sal, reduza os alimentos naturalmente salgados ou com adição de sal durante a sua preparação (enchidos, enlatados, comidas pré-preparadas e aperitivos) e leia os rótulos dos alimentos, evitando aqueles com elevado teor de sódio.
Ricardo Alves
Médico Interno Saúde Pública
Unidade de Saúde Pública HIGEIA│ACES Almada-Seixal